caveira

domingo, 11 de novembro de 2012


Primeiro show de Lady Gaga no Brasil com a Turnê "The Born This Way Ball Tou", aconteu no Rio de Janeiro

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Se nas últimas semanas as conversas em torno da turnê de Lady Gaga no Brasil eram mais relacionadas ao fiasco na venda dos ingressos, a cantora provou em sua primeira apresentação no país que não importa muito se são 90 ou 40 mil (público esperado e divulgado pela assessoria, respectivamente) monstrinhos que vieram lhe ver, o amor e a competência da Mother Monster no palco são indiscutíveis. Numa noite de chuva inconstante no Rio de Janeiro, Gaga fez a alegria do público carioca e até chorou emocionada com a recepção calorosa dos fãs.
Desde abril em turnê com sua "Born This Way Ball Tour", Gaga já parece confiante o suficiente para improvisar com o circo, ou melhor, castelo montado no palco do Parque dos Atletas, ex-Cidade do Rock. Não fossem os vários dançarinos, as várias trocas de roupa (quase 1 figurino por música) e o cenário gigantesco, o show da mamãe monstro é mais vibrante e real do que qualquer outra cantora pop do mesmo naipe (as exceções seriam Beyoncé e Shakira), o que cria uma saudável surpresa tanto para os fãs de carteirinha (que puderam ver que não é só o vestido da diva que é de carne e osso) quanto para os desavizados (mãe, pais e namorados).
O repertório é um apanhado dos três álbuns que Gaga que funciona como um bom resumo dessa "primeira fase" da cantora. Subindo ao palco com apenas 20 minutos de atraso depois das apresentações da bizarra Lady Starlight e do grupo britânico The Darkness, Gaga chegou ao palco do Parque dos Atletas como a rainha comitiva glam e gótica ao som de "Highway Unicorn". Em seguida, a primeira polêmica: uma simulação de sexo oral no ritmo das batidas industriais "Governament Hooker" ("prostituta do governo", em tradução livre).
Após o primeiro choque, o primeiro momento de catarse da noite: "Born This Way", em que Gaga é parida no palco. A letra sobre aceitação foi o momento escolhido pelos little monsters para uma espécie de abraço coletivo, clima de confraternização que seguiria até o encerramento com "Marry The Night".
Antes de puxar o hino "Hair" - escrita, segundo ela, sobre aos problemas sociais dos Estados Unidos pós-crise econômica - Gaga chama 4 fãs ao palco. 4 jovens que provavelmente economizaram meses e meses para pagar o preço alto dos ingressos e que agora passavam por uma experiência que só quem já foi fã de algum artista é capaz de entender. Se o momento provavelmente foi uma experiência única na vida daqueles little monsters, o mesmo parece ter acontecido com a própria Gaga, de lágrimas nos olhos visivelmente desarmada de qualquer constrangimento que a fama pode ter lhe trazido. "Eu só quero ser eu mesma e quero que você me ame por quem eu sou", diz a letra da música.
Esse tipo de desprendimento voltaria a aparecer no fim da apresentação, quando quase 10 fãs acompanharam a cantora no palco ao som de "Marry The Night" e do rap "Cake Like Lady Gaga". Vestindo a camisa da UPP da favela que visitou em sua estadia no Rio, Gaga parecia ignorar qualquer protocolo popstar-fã: ela era, enfim, só mais uma monstrinha no meio do baile.

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